Biossólidos para produção de mudas de aroeira-pimenteira em tubetes

Abstract

Objetivou-se: i) avaliar biossólidos de lodo de esgoto de diferentes estações de tratamentos de esgoto (ETEs) como substrato para produção de mudas de aroeira-pimenteira em tubetes; ii) avaliar se a poliacrilamida catiônica presente no biossólido interfere no crescimento das mudas; iii) avaliar se a adição de pó de coco é capaz de suplementar a necessidade hídrica das mudas. O experimento foi conduzido no viveiro da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, formulando-se cinco substratos: ALE (100% biossólido ETE Alegria), ALE_PC (50% biossólido ETE Alegria + 50% pó de coco), ILHA (100% biossólido ETE Ilha), ILHA_PC (50% biossólido ETE Ilha + 50% pó de coco)), SC (50% substrato a base de casca de pinus e vermiculita + 50% pó de coco). Casualizou-se quatro repetições de 10 mudas de cada substrato. A mensuração da altura da parte aérea ocorreu entre 40-120 dias, e a do diâmetro de coleto, da massa de matéria seca da parte aérea, do sistema radicular e do total aos 120 dias. Com base nos parâmetros morfológicos calculou-se o índice de qualidade de Dickson. Os biossólidos ALE e ILHA apresentaram mudas com desenvolvimento e qualidade igual ou superior ao SC. O ALE, provavelmente mais fértil, produziu mudas superiores, e a poliacrilamida catiônica não reduziu o desenvolvimento e a qualidade das mudas. A adição de pó de coco reduziu a fertilidade dos biossólidos ALE e ILHA, e consequentemente o desenvolvimento e a qualidade das mudas, não sendo necessária adição do mesmo aos biossólidos.